Ilusão




“Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela”. Esta imagem não tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela vende de si mesma. “É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos ou dela gostamos.”
Eu realmente não me apaixonei apenas gostava dela e muito. Como pessoa. Eu a achava especial, diferente, desinteresseira, muito carinhosa, atenciosa e confiável. Como um cara, cético experiente e pragmático pode acreditar nisso? Não sei dizer. Se esta pessoa... “Fosse bem parecida com a imagem que ela projetou de si desfazer-se deste relacionamento, mais tarde, não seria tão penoso. Restaria a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resistisse por muito tempo. No final, sobreviveriam as boas lembranças”. Mas se esta pessoa interpretou, inventou um personagem e acreditamos na interpretação como se verdade fosse. Sente-se a falta, perde-se o chão a identidade. Vem uma sensação de um vazio, inexplicável. Não tem nada a ver com amor, paixão e nem mesmo tesão, pois, já não sentia mais. O que havia era respeito, confiança e lealdade. Aí, somado à dor da separação, vem um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que achamos que era real (NÃO ERA) Fica-se com o ANIMA ferido. Essa pessoa nunca existiu. Simplesmente era uma ilusão que ajudamos a criar para nós mesmo. “A verdade não passa de uma mentira bem contada”. Pior é quando nós ajudamos a contá-la.

"Tolo não é quem em uma mentira acredita. Tolo é quem mente."

Carlos Alberto

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  1. Há que se Esquecer sim! Quem e não o que!...

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